Aproveitando o centenário do início da 1ª Guerra Mundial e focando uns anos antes (1910), ou seja, a Belle Epoque, periodo desde 1870 (final da guerra franco-prussiana) e 1914, mais de 40 anos de paz na Europa, nunca antes verificado... porém, marcado por débil equilibrio de nações fracas, uma classe média emergente e consumista, desenvolvimento das artes, indústria e ciência... aumento do fosso para as classes desfavorecidas... Nos seus filmes, Bruno Dumont sempre procurou degeneração nas pessoas ou nas relações entre classes ou famílias... Aqui, precisamos recordar Marc Caro e Jean-Pierre Jeunet, os posters de Toulouse-Lautrec, a tradição da BD francesa, misturar tudo, acrescentar burlesco e pitadas de humor negro e grotesco representando uma sociedade e época autofágica, terminal e suicida, caminhando inconscientemente para a sua destruição com a 1º Guerra... Sim,, a 1ª Guerra, esse misto de camara de horrores com pesadelo fantástico... Bem, uma vez alertados e sabendo que se trata de um filme simbólico, querendo ser exagerado e caricatural, pretendendo ser uma obra de arte, é um conto tragicômico passado em um resort à beira-mar, em Pas de Calais (Norte de França), onde duas famílias que não têm absolutamente nada em comum, estão no centro de uma série de desaparecimentos misteriosos... Com Fabrice Luchini, Juliette Binoche, Valeria Bruni Tedeschi, Didier Després, Jean-Luc Vincent e os estreantes e, por isso, "inocente" casal de jovens atores Raph e Brandon Lavieville...
Título Original: Ma Loute
Ano de Lançamento: 2016
Direção: Bruno Dumont
País de Produção: França, Alemanha
Idioma: Francês, Inglês
Duração: 122 min.