Enquanto o Império do Sol se preparava para "trucidar" a China e o Mundo, sai esse filme, ainda representativo do cinema mudo. Na linha das anteriores obras, é uma comédia com nuances dramáticas focando os conflitos familiares provenientes das relações entre assalariado e chefe. Yoshii (Tatsuo Saito) e sua esposa (Mitsuko Yoshigawa) vivem com os dois filhos: o mais velho (Hideo Sugawara) e o mais novo (Tokkan Kozo). O pai está empregado e tem como chefe Iwazaki (Takeshi Sakamoto). Os filhos são inicialmente hostilizados por uma gangue de garotos da vizinhança, que tem um valentão como líder. Desse grupo hostil faz parte o garoto Taro (Seiichi Kato), filho de Iwasaki. Contraste entre a submissão do Sr. Yoshii a seu chefe, e a que ele reclama a seus dois filhos pequenos, algo que eles não parecem demasiado dispostos, em parte porque se envergonham do que lhes parece uma atitude servil. Todas as interpretações parecem reais e naturais. E essa naturalidade faz-se sentir mesmo neste filme mudo em que o talento dos actores revela-se fundamental (os gestos, as expressões dos personagens), com especial destaque para as duas crianças. Elas que inocentemente criam um conflito que vem destabilizar aquela família. Sempre a família no cinema de Ozu, especialmente nos relacionamentos entre pais e filhos.
Ano de Lançamento: 1932
Direção: Yasujiro Ozu
País de Produção: Japão
Idioma: Mudo / Apenas música
Duração: 91 min.
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