Major Lopatin é um correspondente de guerra que retorna para sua casa, em Tashkent, para passar 20 dias depois de fazer a cobertura da Batalha de Stalingrado. Chegando lá, ele trabalha com uma equipe para fazer um filme baseado em suas matérias. Suas experiências com a equipe logo o convencem de que a visão romântica do combate em sua cidade é bem diferente daquela experimentada no campo de batalha... OU... O major Lopatin (Yuriy Nikulin), um escritor e soldado de meia idade, retorna para sua cidade natal no Uzbequistão, após receber uma licença de 20 dias, durante a Batalha de Estalingrado, em 1942. Além de trazer consigo os pertences de um soldado morto para serem entregues à sua família, Lopatin assessora uma produção cinematográfica sobre seus escritos de guerra e diverge do diretor com relação à imprecisão histórica e ao retrato irrealista de heroísmo. Ele também encoraja trabalhadores de uma fábrica, que não passam de crianças, a fazer horas extras em prol dos soldados, discute com um grupo teatral dizendo que um soldado não dá a vida pela pátria, mas luta por sua própria sobrevivência e encontra tempo para um romance com uma antiga colega e funcionaria do teatro (Lyudmila Gurchenko), conferindo à breve jornada uma certa dimensão doméstica e de normalidade. Baseado em uma história do correspondente de guerra, escritor e poeta Konstantin Simonov, foi filmado em preto e branco e carrega um tom melancólico com ocasionais rupturas violentas... OU... O diretor russo (nascido em 1938 e morto em 2013, tendo concluído um total de seis filmes) se dedicou a representar a história recente da Rússia e da União Soviética, do final da Primeira Guerra Mundial à morte de Stalin. Suas obras são recriações meticulosas, filmadas em preto e branco, de momentos de desilusão ideológica do regime soviético. Seus protagonistas são soldados e oficiais corruptos, desgastados ou coagidos, que, ao longo de seus percursos, expõem a violência física e intelectual do período estalinista. Consequentemente, seus filmes pré-Glasnost foram censurados, inclusive Vinte dias sem guerra, sua obra crítica mais comedida... OU... Lopatin, ao mesmo tempo, sustenta a visão ideológica da guerra para aqueles que a amparam à distância e se vê isolado com suas árduas memórias, contraditórias à visão fantasiosa daqueles que o rodeiam. Suas palavras se tornam uma ponte que conecta duas realidades. Ainda que todos estejam sendo afetados pela guerra, ele é o único na cidade que esteve no campo de batalha e que pode descrever a degradação humana no front.
Título Original: Dvadtsat dney bez voyny
Ano de Lançamento: 1977
Direção: Aleksei German
País de Produção: União Soviética
Idioma: Russo
Duração: 101 min.
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