Após se mudar para Podlasie, a psicóloga Julia (Maja Ostaszewska) se torna uma testemunha involuntária e participante de eventos dramáticos na fronteira entre a Polônia e a Bielorrússia. Ciente dos riscos e consequências legais, ela se junta a um grupo de ativistas que ajudam refugiados acampados nas florestas da zona coberta pelo estado de emergência. Ao mesmo tempo, uma família síria fugindo da guerra civil e seu professor afegão, sem saber que são ferramentas de fraude política das autoridades bielorrussas, estão tentando chegar às fronteiras da União Europeia. Na Polônia, o destino os unirá a Julia e ao jovem guarda de fronteira Jan (Tomasz Wlosok). Os eventos que ocorrem ao redor deles os forçarão a se perguntar novamente: o que é a humanidade?... OU... A crise de refugiados na Europa é um dos desafios humanitários mais complexos da atualidade, agravado por guerras, perseguições e mudanças climáticas, especialmente após pandemia. Um dos cenários mais tensos dessa crise está na fronteira entre Polônia e Belarus, onde milhares de migrantes, principalmente oriundos do Oriente Médio e da África, foram usados como peças de pressão política por parte do governo bielorrusso. Este conflito particular, ocorrido principalmente entre 2021 e 2022, expôs uma combinação de dilemas humanitários, diplomáticos e de segurança, refletindo uma das facetas mais obscuras das disputas entre a União Europeia e governos autoritários vizinhos. A situação na fronteira entre Polônia e Belarus escalou quando o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, com apoio evidente do russo Putin (única fonte geográfica dessa rota de migração), enfrentando sanções impostas pela União Europeia após a repressão de protestos em seu país, começou a utilizar migrantes como uma forma de retaliação política. Lukashenko foi acusado de facilitar a entrada de migrantes em Belarus e, depois, incentivá-los a atravessar para países da União Europeia, especialmente Polônia, Lituânia e Letônia. Isso foi amplamente visto como uma manobra de "guerra híbrida", em que a migração foi usada como arma para desestabilizar a Europa e criar pressão interna dentro da União. Arma essa, a par dos "trolls", que foi prenúncio da atual guerra da Ucrânia... OU... Esse influxo de refugiados mostrado no filme, ao contrário das ondas migratórias anteriores na Europa, foi amplamente artificial. Muitos migrantes relataram que foram enganados com promessas de que a travessia para a Europa Ocidental seria fácil a partir de Belarus, sendo transportados por redes de tráfico humano que lucraram com sua vulnerabilidade. Quando chegaram à fronteira polonesa, enfrentaram condições inóspitas, ficando presos em áreas de floresta densa, sob frio extremo, sem abrigo ou acesso a alimentos e água potável. Muitos foram forçados a tentar repetidas travessias enquanto eram repelidos tanto pelas forças de segurança polonesas como da Bielorrússia, impedindo o regresso. Uma ratoeira, portanto... OU... "Dei a Zielona Granica (nome polonês, sou polonês) um dez completo para neutralizar os "trolls" que já rebaixaram o filme para 2 estrelas no site polonês Filmweb, antes mesmo de seu lançamento. Exércitos de "trolls" e políticos estão se alinhando para criticar o filme da Sra. Holland sem tê-lo visto - objetando à maneira como o estado polonês por meio de seus guardas de fronteira é retratado. O filme mostra cenas da polícia e dos funcionários da fronteira sob uma luz cruel (com base em depoimentos da vida real, eu acho), mas há dois lados mostrados e você pode ver que quase como os próprios imigrantes, eles também são apenas peças indefesas presas neste trágico caso internacional. Nosso próprio presidente chamou qualquer um que fosse ver o filme de porco (!), o que dará às pessoas de fora da Polônia uma ideia da escala da confusão que este filme causou aqui."... OU... Vassalo Lukashenko, Czar Putin, empurrando de um lado: Europa Ocidental fechando fronteiras. O migrante esmagado no meio, procurando o "El dorado" que só existe nos bolsos dos traficantes...
Título Original: Zielona granica
Ano de Lançamento: 2023
Direção: Agnieszka Holland
País de Produção: Polônia, França, EUA, Bélgica, Alemanha, República Tcheca, Peru
Idioma: Polonês, Inglês, Árabe, Francês
Duração: 152 min.
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