Moorse, conta a história da ingratidão de um filho adotivo inteligente que, em sua malícia, destrói sua nova família... OU.. A narrativa do romance de Kleist (1777-1811), é aqui como se fosse lida por Kafka, equivalendo a uma elaboração eficaz da administração disciplinar estatal dos processos de subjetivação e da lógica labiríntica do inconsciente, ativada por sua natureza arbitrária... OU... Os efeitos sonâmbulos de doppelganger (uma cópia ou sósia de uma pessoa viva, muitas vezes retratada como um fenômeno paranormal ou um prenúncio de má sorte, ou ainda, um "gêmeo maligno". Acredita-se que ver o próprio doppelganger pode ser um presságio de morte, ou pode ser interpretado como uma manifestação de uma vida dupla ou um alter ego) aqui refletem o despojamento da agência, que se torna presa fácil do labirinto de propensões humanas à ganância, à luxúria e à imortalidade. O conto enigmático de Kleist, nesta versão televisiva, é completamente cinematográfico na forma como o formalismo (planos de frente e de perfil de duas pessoas fundidas, dispositivos brechtianos [há uma cena de dança deslumbrante, outra do rolar da memória durante a morte] e a abertura de um quarto poço) sustenta um discurso político que, em grande parte, tem a ver com os mecanismos disciplinares da Alemanha Ocidental. O filme de Moorse poderia facilmente ter sido filmado por Straub ou Kluge.
Título Original: Der Findling
Ano de Lançamento: 1967
Direção: George Moorse
País de Produção: Alemanha
Idioma: Alemão
Duração: 74 min.
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