Num país imaginário, o rei declarou guerra a um país vizinho. Uma família humilde, composta pela mãe, uma filha e dois filhos, recebe uma intimação para que os rapazes comecem a lutar por seu país, com a garantia de que quando voltarem estarão ricos graças aos saques. A oferta é tentadora e eles partem para o front, dispostos a cometer qualquer atrocidade pelas riquezas... OU... Durante uma guerra em um país imaginário, soldados inescrupulosos recrutam agricultores pobres com promessas de uma vida fácil e feliz. Dois desses agricultores escrevem para suas esposas contando suas façanhas... OU... Sabendo que algumas guerras são necessárias (questões extremas de Justiça Humana; defesa de uma agressão ou invasão, sempre como "ultima ratio"), e recordando que Godard tinha 15 anos, no final 2ª Guerra, e, em 1963 (Godard com 33 anos), o recente fim da Guerra de Argel, e de 10 anos na colônia francesa do Vietnam, que viriam a provocar a entrada dos EUA, em 1964, e auge da Guerra Fria, em 1962, dos mísseis em Cuba), somos confrontados com uma sátira aos motivos habituais para uma guerra: Ambição ou Conquista de poder/território de um Líder; aquisição de matérias primas ou distração para conflitos internos. Com poucos meios, em jeito de Teatro Grego, uma subliminar farsa aos motivos de uma guerra, visto sobre o prisma de soldados "zero"... (destaque para Marino Masé). Nesse sentido, uma lição sobre Ciência Política da época, envolvida em leve diversão, com pesada mensagem sobre o absurdo e sofrimento de qualquer dessas guerras sem motivo aparente...
Título Original: Les Carabiniers
Ano de Lançamento: 1963
Direção: Jean-Luc Godard
País de Produção: França, Itália
Idioma: Francês, Alemão
Duração: 75 min.

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