O mar, muitas vezes traiçoeiro, é a única fonte de subsistência do povo de Nazaré. O filme conta a história de António e da sua família, onde não são permitidos sonhos. Há também o luto da mulher de preto que chora silenciosamente na praia ou espera pelos filhos perdidos no mar... OU... "Dedicamos este filme ao povo humilde de Nazaré, às mães que choram os filhos que o mar lhes tirou, às noivas que angustiam pelos homens que desafiam as ondas do mar, aos pescadores endurecidos que procuram no mar o pão para levar para casa. / Nada do que vocês vão ver é fantasia ou mera invenção. Não buscamos efeitos espetaculares para impressioná-los, tempestades fantásticas ou naufrágios horripilantes. Tudo se resume a um conflito humano entre almas simples, lívidas na intimidade de uma tripulação de barco e na contemplação inquisitiva do mar traiçoeiro de Nazaré, sob cuja aparência branda se escondem as garras geladas da morte. / Esta história poderia ter começado de outra forma. Mas começou assim..."... OU... O Diretor, Manuel Guimarães (pintor, caricaturista e cineasta português) que se destacou pela aplicação dos princípios ideológicos do neo-realismo na arte do cinema em Portugal. No entanto, a ditadura salazarista, mais atenta às manifestações da sétima arte que às “transgressões” no domínio da literatura, impediu-o com severidade de levar a bom termo os seus propósitos artísticos. Aqui, com roteiro de Alves Redol, outro representante dessa corrente, numa perspectiva de crítica social. A obra foi amputada pela censura.
Título Original: Nazaré
Ano de Lançamento: 1952
Direção: Manuel Guimarães
País de Produção: Portugal
Idioma: Português
Duração: 81 min.
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