Melhor traduzido como "Sombras dos Ancestrais Esquecidos", a parte ucraniana dos Montes Cárpatos serve de cenário para a história de Ivan e Marichka e os amores contrariados de dois jovens de famílias rivais. O drama ucraniano está fortemente ligado à cultura hutsul, um povo que, apesar do domínio sofrido ao longo dos séculos por diferentes impérios estrangeiros, conseguiu manter sua língua, costumes, danças, cânticos e rituais e, assim, criar uma identidade cultural única... Mas dizer que este filme louco e poético "conta uma história" é limitar o seu alcance. Inspirando-se em lendas ucranianas, Paradjanov também se inspirou nas ricas tradições folclóricas da região, na música, nas cores, nos ritos. Em perpétuo movimento, ao longo de 12 capitulos, como os meses do ano, o filme é um prodigioso emaranhado de imagens de grande beleza, que contam em filigrana a história dos amores dos protagonistas... imagens de uma beleza inebriante e metáforas visuais riquíssimas, com movimentos de câmera constantes e repletos de lirismo, que passeiam por lendas e mitos e conseguem captar de forma extraordinária a sonoridade, as cores e a diversidade da cultura popular ucraniana. E é assim, concebendo cada plano como se estivesse pintando um quadro, que o diretor nos apresenta as paixões e o modo de vida autóctone daqueles personagens...
Título Original: Teni Zabytyh Predkovi
Ano de Lançamento: 1965
Direção: Sergei Parajanov
País de Produção: União Soviética
Idioma: Ucraniano
Duração: 97 min.
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